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Elon Musk e a expulsão da TESLA do S&P ESG

Elon Musk, o CEO da Tesla, contestou pelo Twitter a retirada da Tesla (TSLA) [1] após a publicação do Relatório de Impacto 2021, do Índice S&P (S&P 500 ESG), por causa das classificações ambientais, sociais e de governação (ESG).

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O gestor do índice 500 ESG da S&P referiu relativamente à Tesla que falta uma estratégia de baixo carbono e por questões relacionadas com a segurança de utilização dos seus carros e pelas condições de trabalho. Embora a Tesla seja pioneira na produção de veículos elétricos, a metodologia da S&P (pdf) não considera as emissões evitadas, em contrapartida valoriza  a declaração (compromisso) com objetivo da neutralidade de emissões (o que a Tesla não tem) e divulgação dos riscos climáticos. Assim, um relatório de sustentabilidade elaborado com o devido cuidado na definição dos compromissos  e metas pode com alguma facilidade obter uma elevada pontuação nas questões ambientais (E). Também acontece que as metodologias de avaliação do ESG é diferente entre as agências, como no caso da MSCI [2] que classifica as empresas com base de como as mudanças climáticas podem afetar os resultados da empresa. Para mitigar as diferenças, a Securities and Exhange Commission (SEC) lançou novas regras sobre a divulgação climática das empresas.
 
A avaliação ESG é holística ao nível da empresa, passando pelo impacto ambiental (E), social (S) e governança (G) pelo que ao nível social, a Tesla tem evidenciado problemas nas relações com os trabalhadores e com questões regulatórias ao nível das condições de trabalho [3]. Ao nível da governança, a TESLA , está intimamente ligada ao seu fundador, Elon Musk , e que a gestão tem sido contestada.
 
A S&P, incluiu no seu índice a Exxon Mobil (XOM) considerando um elevado risco pelas emissões de carbono porque evidência os riscos das suas atividades no relatório de sustentabilidade.
 
As várias metodologias para medir o ESG, é um problema tanto para as empresas como para os investidores, porque as empresas podem ver reduzido o seu acesso ao financiamento e o seu valor no mercado [4], pela disparidade das qualificações nos vários provedores ESG e os investidores podem ser induzidos a investimentos que não respondem as suas expetativas ao nível do impacto ambiental e social. [5]
 
Se uma empresa decide reportar sobre as questões ESG deve identificar quais os interessados pela informação e reportar os dados para todos os stakeholders e assim mitigar as várias interpretações sobre ESG. Klaus Schwab, defende que as métricas com base na teoria stakeholder capitalism, apresentadas em 2020 no Fórum Económico Mundial, mede a evolução das empresas em relação às métricas ambientais, sociais e de governança (ESG), permitindo uma compreensão da evolução para além do simples lucro e conseguem relatar informações relevantes a todos os stakeholders – não apenas aos investidores.
 

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