Apoio à gestão de PME's (Contabilidade, Fiscalidade, Gestão de RH, Gestão de stocks, Projetos de Investimentos, Formação e Investigação)
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Assinalando a entrada em vigor da reforma legislativa” Agenda do Trabalho Digno”, o CoLABOR- Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social disponibilizou um quadro comparativo, contrapondo a anterior redação legal com aquela que entrou em vigor a 1 de maio de 2023, evidenciado as alterações de carácter meramente formal, as substantivas e a introdução de novas normas.
As práticas das organizações em relação aos impactos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) e nas questões ESG (Ambiental, social e de governação) estão a ser escrutinadas nos relatórios de informação financeira e não financeira (relatório de sustentabilidade ou relatório integrado) pelos investidores, financiadores, clientes, ONG's e pela sociedade em geral. A preocupação dos diretores financeiros deve incorporar as preocupações sobre as métricas financeiras e não financeiras porque são os que têm a melhor perspectiva para relatar aos stakeholders.
Os diretores financeiros estão perante um novo cenário com alterações constantes numa tentativa de uniformidade nos diversos países e nas industrias. Os diretores financeiros e as equipas financeiras terão a tarefa de traduzir os resultados financeiros em métricas e KPI's na perspectiva da nova tendência procurada pelos stakeholders (relatórios de sustentabilidade e relatórios integrados).
Conjugando a estratégia de sustentabilidade com o desempenho financeiro coloca o diretor financeiro numa posição preferencial dentro das organizações para identificar as métricas não financeiras para vincular às informações financeiras mantendo uma relação bilateral entre as métricas de sustentabilidade e financeiras conduzindo a uma melhor decisão da alocação dos capitais (capital humano, capital social, capital intelectual e capital financeiro) e dos equipamentos.
Os indicadores não financeiros estão interligados com os indicadores financeiros e com o conhecimento estratégico
A gestão dos riscos e o controlo dos custos são aptidões do diretor financeiro pelo que têm a capacidade de incorporar a sustentabilidade nas avaliações de riscos das organizações. De acordo com o estudo da Ernst & Young em 2011, que entrevistou os executivos responsáveis pela sustentabilidade, 65% dos entrevistados afirmaram que “o diretor financeiro envolveu-se com a questão da sustentabilidade. Os entrevistados citaram a redução de custos (74%) e a gestão dos riscos (61%) como dois dos três principais impulsionadores da agenda de sustentabilidade da empresa.
Um trabalho mais recente de Tensie Whelan e Lyse Douglas identificou que, os diretores financeiros necessitam de uma abordagem holística e alinhada com a estratégia de sustentabilidade da empresa na gestão dos riscos e no controlo dos custos.
O diretor financeiro poderá ser o diretor de sustentabilidade nas empresas de menor dimensão.